Eu nunca compreendi o motivo pelo qual os antigos estudiosos (e aqui me refiro às escolas fundadas antes de Cristo) estudavam música, com tanto interesse. Afinal, pelo atual sistema educacional, só estuda música, hoje, quem tem talento para tocar algum instrumento.
Até que hoje, lendo um artigo da BBCNews, publicado em 26/10/2021, descobri que cientistas atuais estão revisando a teoria das cordas, baseada no pensamento de Pitágoras (582 – 497 a. C.). O matemático e filósofo grego é reconhecido pelo “Teorema de Pitágoras” (em um triangulo retângulo, o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos”). Foi estudar com Tales de Mileto e o mestre logo reconheceu que tinha sido superado e foi estudar com ele as novas descobertas… (Que honra poder ser superado… O mestre Tales realmente cumpriu sua missão)
Conta-se que Pitágoras fez muitas viagens ao Oriente Médio, em especial ao Egito, antes de voltar à Grécia. Buscava “um princípio unificador, um paradigma para resumir a vasta criação que vemos ao nosso redor no Universo que conhecemos”, explica o físico teórico Michio Kaku.
Fonte: Revista Piauí Uol
A partir da observação de uma lira, Pitágoras passou a defender que a matemática da
música é suficientemente rica para explicar a diversidade de tudo que vemos ao
nosso redor.“
Segundo o site Brasil Escola, que explica de maneira bem didática o tema, a teoria
das cordas (ou teoria de todas as coisas) “começou a ser desenvolvida em 1919, por
Theodor Kaluza, e continua evoluindo.
[…] a relatividade geral, de Albert Einstein, e a Física Quântica. Apesar do
sucesso dessas teorias, elas deixaram algumas questões em aberto.
Primeiramente, a relatividade geral não consegue explicar a teoria do Big
Bang nem o comportamento dos buracos negros. Em segundo lugar, a Física
Quântica não oferece uma explicação satisfatória para a gravitação.
Sabendo que o tema não é de fácil compreensão, vamos aproveitar o exemplo bem
interessante do mesmo site:
Se você observar um deserto, em certa altura, o que você verá será um espaço
contínuo cuja cor dependerá da coloração da areia que o compõe. Mas se você
chegar perto desse deserto, verá que ele é formado por minúsculos grãos de
areia. Esses grãos, por sua vez, são constituídos por partículas ainda menores
e invisíveis a olho nu: os átomos. Estes têm sua estrutura formada por elétrons,
prótons e nêutrons. Os prótons e nêutrons formam-se de partículas
elementares chamadas de quarks. É até esse ponto que vai a física
convencional. A teoria das cordas vai um pouco mais além.
De acordo com a teoria das cordas, os quarks são formados por pequenos
filamentos de energia semelhantes a pequenas cordas vibrantes, daí o nome
dado à teoria. Essas cordas estariam vibrando em diferentes padrões, com
frequências distintas, produzindo as diferentes partículas que compõem o
nosso mundo. Observe o esquema da figura a seguir:
A figura mostra que se a matéria for descomposta em
suas menores partes, veremos que ela é constituída por
pequenas cordas
Na II Jornada Meu Sonho, meu Projeto de Vida, a Casa de Sonhos explica que somos compostos de aproximadamente 7 octilhões de átomos. Do mesmo modo como a explicação da figura acima aplica-se ao grão de areia no deserto, aplica-se a tudo, incluindo esses átomos que compõem o nosso corpo humano.
Na matéria publicada pela BBC, Michio Kaku, um renomado físico teórico, explica que as observações feitas a partir de um acelerador de partículas, como o Grande Colisor de Hádrons do Cern — no centro de pesquisas europeu — tem contribuído para os estudos da teoria das Cordas. No acelerador, partículas minúsculas rompem-se em pedaços em colisões de alta energia e depois são estudadas minuciosamente.
Kaku e outros cientistas acreditam, agora, “que todas essas centenas de partículas subatômicas que obtemos rompendo prótons no Grande Colisor de Hádrons não são nada mais que notas musicais, como imaginava Pitágoras.”
Logo, você, também é, em essência, música, som, informação…
Além de defender que a matemática da música era suficientemente rica para explicar a diversidade de tudo que vemos ao nosso redor (o que só agora está sendo provado), Pitágoras concebia o universo em movimento: o universo é uma harmonia de contrários (lembra-se do perfeito equilíbrio entre o princípio feminino e masculino?). Para ele, o movimento entre os astros produzia melodiosa música, que também está presente no corpo humano: “homem doente era sinal de harmonia rompida”.
A partir de tudo isso, hoje compreendo melhor (mas certamente não o bastante, ainda) a frase bíblica de que no “princípio era o verbo”. O verbo, a palavra é som, informação. Som é música e a música está presente no universo do qual fazemos parte.
No princípio, portanto, também somos apenas o verbo, informação, música e é partir dessa informação que nos materializamos. A matéria (os átomos) é organizada a partir dessa informação que se forma primeiro no campo invisível, para depois se manifestar nessa dimensão.
Infelizmente, com raríssimas exceções, não se estuda mais música na escola. Conhecimento que poderia nos ajudar a compreender melhor o universo e nosso papel, como parte dele. Não somos apenas o sujeito estudando e tentando entender o universo. Somos parte dele. Como diria Deepak Chopra, “você é o universo”.
Estudando matemática e música, há quase 2.500 anos, Pitágoras alcançou um elevado nível de conhecimento sobre o universo, que só agora estamos resgatando. Assim como ele acreditava que “o homem é mortal por seus temores e imortal por seus desejos”, nós da Casa de Sonhos acreditamos que o som está no princípio de tudo. Que o medo nos adoece por não conter harmonia e que o sonho nos ajuda a elevar o pensamento, nos harmonizar e criar a realidade que queremos.
Com informações da
https://www.bbc.com/portuguese/geral-59039636.amp;
https://www.ebiografia.com/pitagoras
https://brasilescola.uol.com.br/fisica/teoria-das-cordas.htm
Por Lili Vieira